
Quem foi a maldita pessoa que disse que o instinto feminino é a salvação da mulher? Eu como mulher em prática que sou, peço redenção desta tamanha besteira que colocaram na cabeça da mulherada, e que fizeram do nosso convívio uma selva. É impressionante como máximas deste tipo são estigmatizadas entre nós como regra, assim como “homens são todos iguais”, o convívio entre (amigas) mulheres têm sido, desde muito tempo, um problema pra mim.
Não que eu me envolva em probleminhas fúteis que levam à discórdia feminina. Mas, tenho observado muitos comportamentos das mulheres em diferentes faixas etárias, classes ou contextos, sem se quer, me deixar levar por qualquer um deles. Em diversas situações, com mulheres mais chegadas ou não, a minha indignação é sempre a mesma. No tanto dos casos o motivo quase sempre é o mesmo.
Não tem mais essa de dizer que os homens são todos iguais. As mulheres é que são todas iguais. E pior, mulheres são perversas. Mulheres são, naturalmente, concorrentes. Mulheres sempre brigam. Não importa o momento, não importa a idade, não importam o quanto elas se chamem de “AMIGAS”, no final elas sempre brigam. E se não brigaram, ainda irão brigar. Se já brigaram, não fizeram as pazes coisa nenhuma. É pura falsidade. É uma tentativa barata de serem civilizadas.
Todas as minhas afirmações são pautadas em experiências semi-pessoais, porque tive a oportunidade de acompanhar relações de amizades femininas de perto, e do melhor ângulo: o de fora. Por ser a mais neutra de todas as fêmeas, eu era confiável. Então pude ver com clareza a diabólica mente feminina, e claro, vi que a minha mente era apenas uma sinopse da delas.
As faces que uma mulher pode ter é uma infinidade descomunal. Mas no básico, podemos resumi-las em três: a mulher voltada para o amor, a mulher voltada para o mundo e a mulher de banheiro. Com toda a minha certeza afirmo que a mais terrível das facetas femininas é a que elas assumem dentro do banheiro, com as “amigas”. Lá, a mulher tira toda a delicadeza, sensualidade, segurança ou feminilidade que ela possa ter assumido anteriormente. No banheiro a mulher é ela. É mulher. Não mulher humana, mas mulher selvagem.
No banheiro, o que vale é a lei da selva. Aliás, no fundo, no fundo, o que vale entre nós, mulheres é isso: a Lei da Selva. As mulheres não estão preocupadas em morrer por uma amiga. Elas podem até jurar amizade eterna. Mas é mentira. As mulheres não estão interessadas em animar outra mulher caso ela esteja de baixa estima. Elas querem mais é sobressair sobre as outras. As mulheres não estão interessadas em serem simpáticas com outras mulheres. Elas querem é ser respeitadas pelas outras. Isto é, o que toda mulher quer no fim das contas é ser invejada pelo bando.
Não é preciso nenhuma pesquisa idiota para comprovar isso. Basta um pouco de expectadorismo e qualquer um (desde que não seja do sexo feminino) perceberá . Coloque um macho em qualquer uma das situações acima e observe o resultado: briga na certa. Eu, carinhosamente chamo isso de Marcação Territorial. Na verdade, as mulheres só querem ser as únicas fêmeas de um determinado espaço. É no mínimo triste tratar o convívio feminino como uma selvageria. Mas é o que mostram as evidências.
Imagine: uma mulher é amiga de outra há muitos anos. Elas se conhecem a tal ponto, de saberem apenas com o olhar o que a outra irá pensar. Elas vivem experiências juntas. Elas constroem uma história juntas. Isso, no mínimo, é muito forte. Mas, o que, nesse mundão de meu Deus, poderá fazer com que duas amigas se percam, isto é, percam a essência da verdadeira amizade? O que pode fazer com que mulheres, em qualquer lugar, etnia, religião, idade, opção sexual, possam brigar umas com as outras?
Pode parecer revoltante, mas a resposta é a Marcação Territorial. Mulheres não suportam dividir homens, filhos, amigos, gostos musicais e uma infinidade de coisas. Mulheres são ferozes. Elas sentem o cheiro de outra fêmea (vadia) de longe. Elas agem sempre no ataque. Elas agem com instinto.
Entretanto, não coloco aqui, essa peculiaridade feminina em cheque. Julgo apenas o uso inadequado que fazemos das nossas aptidões. Até porque, que outro ser seria tão superior a ponto de assumir vários manejos para conseguir o que quer? O fato de admitir o lado selvagem da mulher, não significa que esteja julgando-as irracionais. O lado selvagem feminino é justamente o mais racional de todos. A vida é a lei e o mundo é a selva. Nós mulheres só jogamos o jogo (do nosso jeito, é claro). O instinto é o sinal que usamos para, no fim, agir pelo racional. E que racional! Mulheres mentem, mulheres simulam, mulheres armam e ainda conseguem ser, adivinhe? O sexo frágil.
Sei, contudo, que o que estou falando não é novidade pra ninguém: Mulher, Marcação Territorial, Ser Racional, Sexo Frágil. No entanto, creio estar fazendo afirmações perigosas e ousadas, que todas nós sabemos, mas nunca admitiremos. Sabe porquê? Porque somos mulheres. Porque somos espertas. E porque acima de tudo, queremos que as coisas continuem andando do jeito que está. Afinal, nós só atacamos quem realmente representa alguma ameaça.
Então viva a paz dos homens sobre as mulheres.